1.º ciclo, o mais flagelado
Duílio Coelho, o único professor primário do grupo, e autor do blogue Primeiro Ciclo, faz suas as palavras de José Manuel Alho, quando diz que “o 1.º ciclo do ensino básico persiste como o nível de ensino mais flagelado com toda a sorte de experiências tragicamente camufladas de inovações”.
Um professor ou vários? Parece ser a eterna questão que permanece por resolver no 1.º ciclo do sistema educativo. “Passou-se de uma situação de progressiva saída da monodocência, para uma reentrada na monodocência (exceção ao Inglês no 3.º e 4.º anos), com o correspondente apoio à interdisciplinaridade”, exemplifica o blogger, referindo, por outro lado, que “alguns professores no 1.º ciclo com habilitação para lecionar Inglês são impedidos de o fazer na sua turma”.
Acréscimo de horas letivas, 400 minutos por semana a mais do que nos restantes ciclos, e “o silêncio geral, perante a passagem de uma compensação justa das horas letivas em excesso, para dois anos de pausa letiva facultativos, a meio da carreira docente”, metas de aprendizagem desfasadas em relação à faixa etária, são alguns dos motivos pelos quais importa sair em defesa da escola pública. Para resolver um outro dilema “da democracia”, como intitula Duílio Coelho: “A falta de debate de ideias, com a maioria dos professores a não ousar contrariar as decisões.”