Estou naturalmente a fazer uma comparação entre o 1º ano de escolaridade e o 12º ano… Muito se tem falado na elevada carga letiva dos alunos, muito se tem falado na escola a tempo inteiro, muito se tem falado nos trabalhos de casa e muito se tem falado nas atividades extracurriculares. […]
A carga letiva atribuída aos alunos portugueses não tem a mínima consideração pela sua idade, não tem uma lógica progressiva, sendo vítima de múltiplos interesses exceto os dos próprios alunos. […]
Este é um assunto que sinceramente me revolta pois acho isto tão básico, tão acessível, tão… tão… tão senso comum… que é incompreensível, que nenhum licenciado, mestre, doutor, professor doutor, seja incapaz de mudar o que tanta gente da comunidade educativa vem apelando há anos.[…]
Não me reconheço neste ensino que visa a quantidade e não a qualidade, não me reconheço nesta escola formatada, inflexível e praticamente sem autonomia, não me reconheço num ensino que centra a formação dos alunos no Português e na Matemática, e não me reconheço numa sociedade que quer tornar a escola a 1ª casa dos alunos.[…]