Santana Castilho

O poucochinho de 2016

“Foi positiva a revogação do regime de requalificação dos docentes. Mas continua suspensa a progressão na carreira e mantém-se o congelamento de salários. Assim, as condições de vida privada e profissional dos professores, dramaticamente agravadas entre 2011 e 2015, quando já vinham em degradação acelerada dos anos anteriores, estão longe de terem sido invertidas.” Santana Castilho

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Chega meninos, estou farto! Se não vai a bem vai a mal…

Ando chateado com uma turma que estou a lecionar, não é a primeira vez que acontece nem será a última e apesar da tolerância/paciência que tive ao longo do 1º período, as atitudes e níveis de maturidade continuam aquém do exigível, pelo menos para os meus parâmetros. Sintomas: – baixos níveis de concentração; – atitudes…

via “Chega meninos, estou farto! Se não vai a bem vai a mal…” — ComRegras

Hierarquia Professor – Aluno | “Os alunos desde cedo devem desenvolver a capacidade de lidar com o poder desigual”. — ComRegras

Ano Novo, mas a vida nas escolas não é assim tão nova… Para todos os leitores do ComRegras, desejo que seja um ano pleno de realizações pessoais e profissionais e que encontrem neste novo ano o melhor de vocês e o melhor para vocês. O texto de hoje recairá num tema muito chato mas tão…

via Hierarquia Professor – Aluno | “Os alunos desde cedo devem desenvolver a capacidade de lidar com o poder desigual”. — ComRegras

Vinculação Ordinária — ComRegras

A portaria da vinculação extraordinária, enviada aos sindicatos no dia 30 de dezembro brindou os professores contratados com uma grande surpresa de passagem de ano. Para alguns a surpresa foi boa, pois não se esperava que o Ministério da Educação reduzisse os anos de serviço para acesso à vinculação apenas para doze. Para outros foi…

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O sonho errado

……….juro que me deitei com vontade de enfrentar alegremente mais um dia de escola.

Acordei cedo demais com a sensação de ter tido o sonho errado. A escola de novo com os seus contornos negativos, os conflitos habituais entre as personagens do pesadelo.

Confesso que aos sessenta anos mudámos, e era hora do sonho ser outro. Escrever ajuda, e ao meu jeito, desajeitado vou tentando tudo para chamar à atenção dos que têm poder, ou até construirmos um poder no seio da nossa improvável união e sinto-me incompreendidotransferir.

Aguento, aguentas? Uns sim, outros não! Só que este não é o caminho! As lutas solitárias pela sobrevivência são sempre caminhos difíceis e tortuosos.  Por enquanto, com raras as excepções, só encontro alguns companheiros de caminho por aqui.  As redes sociais não são só a peste que destrói… são também um grito de alerta, um contraditório, aos que querem construir o nosso futuro à sua maneira e contra nós.

2017… mais do mesmo ou um ano de viragem? — ComRegras

Hora de regressos, do até breve, de algumas lágrimas de quem não consegue conter a saudade que o preço da distância impõe, hora do regresso às rotinas, do regresso ao trabalho, com mais ou menos vontade… 2017 afigura-se um ano com muitos pontos de interrogação. O mundo vive em suspenso com a entrada do imprevisível…

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Não é do meu lado!

mesmo barco

As inúmeras razões que nos leva a estar de costas voltadas, prendem-se com alguns dos fatores externos e internos à nossa profissão:

A nossa classe é muito heterogénea socialmente.

As avaliações do tempo da ministra Maria de Lurdes. Modelo de gestão e agrupamento.

A manutenção dos escalões de vencimento, há demasiados anos, que criam um sentimento de injustiça, entre diferentes gerações. Com a agravante de muitas vezes os mais vulneráveis  estarem longe da sua habitação habitual.

A professores experientes e motivados na casa dos 60 anos, segue-se a fase de professores contrariados e forçados a normas absurdas, vindas do exterior. Sugere-se que fiquem na retaguarda, a dar apoio ou a fazer substituições.

O trabalho mentalmente desafiante que o indivíduo pode realizar com sucesso é satisfatório. As exigências físicas de gerir uma turma em monodocência, numa faixa etária acima dos 60 anos, torna o trabalho demasiado cansativo e gera descontentamento e insucesso.

Todos estes fatores contribuem para o grupo mais numeroso de professores os mono-docentes, com maior números de alunos a seu cargo, estarem sem uma verdadeira representação, e irem sendo associados a diversas instituições, (sindicatos, pró-ordem dos professores, associações de outros grupos) sem depois as suas legitimas pretensões serem ouvidas, com o devido relevo pela tutela.

Tenho em  conversas particulares afirmado, que não me move a pretensão de liderar um grupo, no qual há muita gente com enorme capacidade, mas por motivos que todos conhecemos, (a maioria em cargos de direção ou funções similares, outros saíram  da monodocência e não querem voltar) não avançam.

Os que sobram do primeiro conjunto, com opiniões e filiações partidárias diferentes também não avançam. A conflitualidade latente no seio do grupo, salvo honrosas exceções, consubstancia a inação presente.

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”