…Agora, em 2017, é vez de se anunciar uma luta contra um governo que tem o apoio das esquerdas todas que dão substância e mexem os cordelinhos na mais do que larga maioria deste arco sindical. Nem é preciso esperar pelo fim do jogo para fazer um prognóstico. Os maiores idiotas (tipo jsd e opinadores do Observador) são os que ainda dizem que são a Fenprof – agora de novo FNEprof – e o Mário N. quem manda na 5 de Outubro. Quem dera, por muito pouco que tenha a dizer em defesa do segundo (na primeira há muito boa gente, só que demasiado disciplinada para o meu gosto).
Isto não passa de fumaça, de encher de peito para marcar alguma agenda e tentar provar que ainda se existe fora da trela, embora – como é destacado na entrevista acima citada – a grande preocupação é atacar o governo e com isso satisfazer a “direita”. Repare-se que o problema não está em defender os interesses da classe profissional representada (sejam de que partido forem), mas alinhar em cálculos político-partidários, quando nas matérias em apreço (descongelamento, aposentação) este governo nada fez de diferente em relação ao anterior, apenas se comprazendo em prolongar o martírio, enquanto se financiam bancos falidos.
Portanto, chamem-me os nomes que quiserem (estou habituado, mas ao menos eu não salivo por senhas de presença na vereação ou meto os papéis para a reforma logo que sei que a coisa vai apertar como dois dos meus grandes críticos sindicalistas de outrora*), mas vou fazer como os Deolinda até que me provem que isto é para levar a sério.