Discordo da teoria da culpa dos professores, que depois de uma vida profissional a ser sucessivamente formatados pelos diversos ministros da educação, reagem de forma contrária aos seus interesses, complicando o que lhe é proposto. Foram o fruto de inúmeras ações de formação do passado. Umas úteis, mas outras apenas com o fim de controlar e impor um modelo, lembro as da ADD.
No primeiro ciclo, há professores que nunca abdicaram de trabalhar de forma autónoma, prejudicados é certos pelos ditames do departamento, e da aproximação forçada às modalidades de avaliação de outros ciclos.
No próximo ano há uma vontade política de voltar ao trabalho por temas, coisa que alguns professores do primeiro ciclo nunca abandonaram, com destaque para os da “Escola Moderna”. Contudo parece haver também vontade de fazer reaparecer o PCT e todo um sortido de tesourinhos deprimentes como lhe chama Paulo Guinote.
Não merecemos tanta trapalhada e indefinição, a flexibilização devia ser antes uma revisão e adequação curricular. A ressurreição dos conceitos que Crato enterrou, merecia que os novos mentores desta nova era, que já foi, viessem à escola dar o exemplo, e mostrar como é, com a leccionação de aulas por uns meses. E ainda deixo a pergunta, como é que isto tudo se vai compatibilizar com o “simplex” na educação?