Esta polémica em torno de manuais e actividades para meninos e meninas faz-me recuar uns 30 anos, para o período em que comecei a fazer trabalhos na área da História da Mulher, os quais acabaram por ir dar na minha tese de mestrado (que me permitiu ser o segundo homem, há 20 anos, a receber um prémio de investigação da antecessora da CIG, depois do João Esteves, que o recebeu merecidamente por duas vezes). Nos anos 80 e 90 do século passado debatiam-se bastante os temas da igualdade de oportunidades entre rapazes raparigas nas escolas, dos estereótipos nas imagens e representações de género nos manuais escolares e da pedagogia da igualdade.
Na altura, eu até era dos que achava que tudo isto estava ultrapassado, que a situação das mulheres na Educação era das que demonstrava os maiores progressos em termos sociais, em Portugal, ao longo do século XX…
View original post mais 66 palavras