“Nesta lista os professores menos graduados não estão melhor, estão pior.
Errado. Alexandra Leitão tenta comparar o incomparável: um lugar a centenas de quilómetros de casa com a colocação, que ainda não se sabe onde será, de outros professores que vêm mais abaixo na lista de graduação. Os professores dos quadros que não ficaram colocados terão de o ser na primeira reserva de recrutamento. E só aí, comparando os lugares que conseguirem com os que obtiveram os colegas colocados à sua frente, será possível dizer quem ficou melhor ou pior. E já todos percebemos que, na grande maioria dos casos, entre os últimos colocados da mobilidade interna e os primeiros da reserva de recrutamento, serão estes a conseguir os melhores horários.”
António Duarte no “Escola portuguesa”
Aquilo que interessa mexer é que não é mexido, nem por nada. As “flexibilizações” e novelinhos curriculares que aí vêm são para entreter e desviar atenções, ou alguém acha que é essa a solução final para os problemas das escolas?
A falta de autoridade e de autonomia dos professores, o excesso de alunos em turma e atribuídos a cada professor, o excesso de carga horária, o excesso de burocracia, os serviços que não funcionam e o modelo decadente de escola-orfanato, esses continuam em grande.