Os desautorizadores – Luís Costa

Há uma longa lista de desautorizadores da classe docente, da qual também fazem parte, como é do conhecimento geral, muitos professores. São muitos os actantes, e os efeitos são proporcionais ao investimento e à concorrência. Hoje, porém, cingir-me-ei aos grandes protagonistas. O poder político tem sido, na minha perspetiva, o grande dinamizador desta imperdoável ação de desvalorização pública dos docentes e de prejuízo da sua ação profissional. Na verdade, há séculos — tempo psicológico de quem vive estas peripécias ao minuto — que se dedica a legislar, a reformar, a inventar, a mexer e a remexer no quotidiano escolar, à revelia dos docentes: quase sempre contra a opinião de quem está no terreno ou ignorando pura e simplesmente o que pensa quem tem a missão de concretizar tudo o que é idealizado…

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Proposta para a reforma dos professores — ComRegras

A idade dos professores é um efetivo problema, o cansaço é muito grande e a desmotivação de ver a idade da reforma a fugir, agregado ao congelamento de uma década, coloca muito dos professores mais experientes para lá do ponto de saturação. O Rui Cardoso, vizinho no blogue DeAr Lindo, apresentou uma Proposta Ficcionada para a…

via Proposta para a reforma dos professores — ComRegras

Discordo de tudo o que Crato trouxe para a política educativa

Gostaria algum de nós de ser tratado por um médico que, na universidade, tivesse aprendido Literatura Germânica, não tivesse prestado grande atenção à Anatomia nem à Histologia, mas que tivesse sido fantástico a “aprender a aprender”? Gostaria algum de nós de andar num avião mantido por uma equipa de mecânicos que, na sua escola de formação técnica, tivessem estudado Anatomia Patológica, nada sobre motores nem sobre aeronáutica, mas que fossem extraordinários a “aprender a aprender”?

Parecem palavras bonitas, mas escondem um desprezo pelo professor que trabalha nas salas de aulas. Aumentou-lhe o número de alunos, diminuiu os apoios em geral e em  especial às escolas com piores resultados. Recuperou os exames do 4º ano. Só isso basta para não deixar saudades.

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Que pena não ter dito mais…

Ana Reis No primeiro ciclo não se trabalha, e nem é nada difícil pôr uma criança a ler, etapa fundamental da vida….. que senão for bem feita compromete todas as outras.
Colega tenho 32 anos de serviço, alguns infelizmente na gestão, e conheço e vejo muito, os horários são uma afronta, em fim de carreira então a diferença de horário é brutal, Tardes livres, manhãs, dias…… Tanto para dizer, fico por aqui . No 1ºciclo é
sempre igual!

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Aposentação dos monodocentes, erro do passado ou injustiça do presente?

A resposta do nosso primeiro ministro na Assembleia da República foi clara e favorável a uma alteração na legislação, que tarda em sair.

Um país justo não pode passar do 8 ao 80, na maneira como trata um grupo de docentes.

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António Carvalho A todos/as os /as que se manifestam contra as comparações, digo-lhes que são inevitáveis e que resultam única e exclusivamente do que está expresso na legislação (ECD). Se há divisões, elas estão lá expressas, é só uma questão de as contabilizar e foi isso que foi feito. Aspectos relativos às especificidades de cada nível de ensino, sempre existiram e continuarão a existir; esses não foram alegados, nem poderiam ser, e não podem ser equiparados por via da legislação. É comparada somente a duração da carga letiva que, como todos/as sabemos, é o factor de maior desgaste físico e psicológico. O que foi e é pedido, é simplesmente a igualdade dessa carga sendo, para tal, necessário alegar as diferenças. A quem alega que pedir condições iguais é querer causar divisão, digo-lhes que é exatamente o oposto. Como devem saber, uma das premissas para a união de qualquer grupo é que todos estejam sujeitos às mesmas regras e que estas sejam aceites por todos. Neste momento isso não acontece, por via do estipulado no ECD. Quanto a propostas para corrigir a situação, já foram feitas várias, devidamente fundamentadas, que em nada interferem com os outros ciclos. Se pedir igualdade incomoda assim tanto alguns colegas, acho que deviam explicar porquê. Façam o favor de dizer em que isso os/as perturba, qual ou quais as diferenças nas vossas vidas se, um dia, os docentes da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo vierem a ter uma carga letiva igual à vossa ou outra medida de compensação pela sobrecarga a que estão sujeitos? Será apenas dificuldade em lidar com a igualdade? Não quero acreditar nisso.

Os professores: as generalizações são perigosas

Os professores: as generalizações são perigosas

Creio que poderemos concluir que muitos professores merecem o nosso reconhecimento e valorização e é por eles e com eles que o sistema educativo tem vindo a melhorar a sua performance. Façamos-lhes justiça: quando quiser atingir alguns (professores), afine a mira e atire em cheio. Se não souber fazer, não atire. As generalizações podem matar o entusiasmo dos professores que (ainda) o têm. Sem eles o sistema educativo definha.

 

  • Anabela Grácio no Observador

Indisciplina sufoca Escola Pública

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Vou permitir-me ser politicamente incorreta. Normalmente há grandes pruridos em falar de indisciplina nas escolas e assumi-la como um verdadeiro problema com todas as consequências que daí advêm. Esta questão nunca é verdadeiramente discutida nas escolas, porque não se assume como um problema da escola, mas sim do professor…

Sofia Canha

Os programas são extensos! As turmas têm por vezes, dois e mais anos de escolaridade, os alunos são muito diferentes nas suas capacidades de aprendizagem e de países ou etnias diferentes, por vezes há alunos com NEE. O trabalho do professor que podia ser fácil, torna-se numa obra gigante e com final pouco feliz.

Como lidar com o bullying?

Antes de falarmos sobre como combater o bullying, é necessário compreender esse fenômeno e dar a ele a devida importância. O pensamento de que o bullying é apenas uma brincadeira de criança já está mais do que ultrapassado. O problema é grave, vem crescendo e pode acarretar consequências significativas para as crianças no período escolar […]

via Como lidar com o bullying? — Escolas do Bem

José Afonso – no sete pecados (i)mortais

Grândola vila Morena

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Zeca Afonso partiu há vinte e oito anos, deixando uma saudade imensa entre os portugueses. Ele era a personificação musical das melhores conquistas do 25 de abril de 1974: liberdade, fraternidade, democracia.

Na década de sessenta e setenta ele foi a voz do povo na luta contra o fascismo, a ditadura, a injustiça social. Sendo assumidamente de esquerda, a sua música estava para além da ideologia e unia pessoas de diversos quadrantes políticos, ideológicos, sociais e geográficos.

Zeca Afonso “fazia” uma música simples, de raiz popular, mas profundamente portuguesa. Há nas suas composições musicais a saudade, a tristeza, a esperança de tempos melhores, assim como a denúncia das injustiças sociais que caracterizavam a sociedade portuguesa do terceiro quartel do século XX…

Desmentido

A notícia da imagem surgiu no grupo do facebook “LUTA POR CONCURSOS DE professores MAIS JUSTOS”, em 28 de setembro de 2017, com 181 “likes” e dezenas de comentários, entre eles, um de um elemento da administração da página, em que afirmava ser de fonte fidedigna. Foi por mim divulgada no mesmo dia. Tendo verificado posteriormente a não veracidade da mesma, peço desculpa ao visado.

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