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Dia: 4 de Novembro, 2018
Imprensa antidemocrática — A Estátua de Sal
…(Isabel Moreira, in Expresso Diário, 03/11/2018) Estamos a viver um momento dramático. Há órgãos de comunicação social com enorme projeção que se dedicam a condicionar a formação da opinião pública num sentido antidemocrático (e há financiamento para isso).
Antigamente apenas o Correio da Manhã (e os seus “jornalistas”) dedicava tempo a fomentar o populismo, o ódio à classe política, a normalização do crime da quebra do segredo de justiça, o sexismo, os vários “ismos”.
Atualmente, com a força das redes sociais, o estilo Correio da Manhã está a colonizar a os órgãos de comunicação social e a imprensa que se tinha por “séria”. Não-notícias são partilhadas pelo CM e imediatamente pela SIC, TVI, JN, DN e por aí fora, num concurso desesperado pelo número de visualizações da “notícia”, enquanto que a democracia passa ao lado, enquanto que o ódio se espalha, enquanto a livre formação da opinião pública para, desejavelmente, uma boa participação democrática, seja uma palavra: alienação.
Aos órgãos de comunicação social referidos juntam-se as colaboradoras e os colaboradores que têm de fazer pela vida. Pululam pela CMTV a dizer sim à divulgação degradante de imagens de detidos, assaltando o Estado de direito em benefício da sua conta bancária, enquanto escribas como Assunção Cristas estão no pasquim CM, porque entre ser cúmplice de um meio criminoso e ganhar uns votos, escolhem a segunda opção.
O Observador dedica-se a destruir a direita democrática e razoável portuguesa e não hesita em fazer de CM quando lhe convém. O Observador tem um projeto político claríssimo e está lá o reacionarismo que quer ver sentado na AR.
Os outros meios de comunicação social estão a fazer pela vida degradando-se aos poucos. Precisamos, urgentemente, de apoiar o jornalismo sério, independente e comprometido com o Estado de direito. Ainda o há.
É a livre formação da nossa opinião que está em causa. É a democracia que está em causa.
(sobre o tema ler também aqui)
Jornalista RTP questiona uma professora: “Acredita que o governo irá aceder às exigências dos professores na recuperação do tempo de serviço?”
Professora:”Não! Se acedesse já o teria feito e não estaria até agora com este conflito.”
Jornalista:”Então porque está aqui a protestar em frente à AR?”
Professora.”Porque, pelo menos, mostro que lutei até ao fim.”
Esta tem sido a história da classe docente desde 2005: um somatório de derrotas.
Se comparar o ECD antes de 2005 com o ECD atual, verifica-se facilmente que não houve reversões nas condições de trabalho e que existiram gerações de docentes que efetivamente tiveram direitos laborais muito melhores que as gerações atuais, tal como na progressão na carreira e na aposentação.
Nesta batalha profissional, muitos preferem morrer em pé do que viver de joelhos…
mário silva no blog do Guinote