As palavras não lhes importam. Arranjam outros significados. Retorcem-nas. Manipulam-nas. Garantem que é assim mesmo e de forma inabalável (irrevogável?) o que claramente não é a olho nu. Imagens ainda os incomodam, agem perante a evidência visual, a menos que possam relativizar. Tornaram-se especialistas no “jogo democrático” da democracia quadrienal e da “mesa das negociações”. Liofilizam a comunicação para o público, balsemizam os títulos, retirando-lhes sempre que possível qualquer carga de dramatismo, porque ainda temem o tal poder da imagem das mil palavras. Sentem-se senhores disto tudo, mesmo se ajoelham perante qualquer ditadura com cash flow. Colocam mexias e catrogas em pontos chave para que as dobradiças se mantenham oleadas, não se esquecem das cardonas, como se só os varas fossem culpados. Cooptam galambas. Tentam apagar a memória para que não nos lembremos que foram cúmplices ou idiotas úteis. Reforçam-se com pessoal “técnico”, almofadam-se com as conversas em off
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