Amanhã lá estarei com os alunos do Chão das Donas

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Só o PS diz não para já ao fim 2ºciclo do ensino básico

https://www.publico.pt/2019/01/14/sociedade/noticia/so-ps-ja-nao-fim-2-ciclo-escolaridade-1857727

Reorganização dos ciclos de ensino vai ser de novo debatida no Parlamento. PSD, CDS e PCP concordam. BE está hesitante e PS rejeita. Mas o PSD também garante que mudanças só terão o seu voto se existir uma revisão de fundo da Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada em 1986.

Pelo correntes – falsas promessas

https://correntes.blogs.sapo.pt/falsas-promessas-2811449

Que me lembre, ocorreu há cerca de um ano o último grande “pico” mediático sobre a gestão das escolas. Concluiu-se que a democracia representativa foi uma miragem no modelo actual com destaque para a eliminação da vivência democrática numa instituição que se quer exemplar. É triste, mas é assim. Está documentado. Escolher as direcções (num modelo de concurso público único no mundo conhecido que está desacreditado e desprestigiado) terá sido o propósito da constituição dos Conselhos Gerais. Quem eliminou (2009) o que existia, fê-lo já em desespero de causa e contra uma forte e fundamentada contestação. Há um consenso em todos os estudos conhecidos sobre o modelo vigente e a imperativa oxigenação do ambiente: os conselhos directivos devem ser eleitos por todos os que exercem funções nas escolas integrados num caderno eleitoral mais alargado semelhante ao que existia até 2009. É, portanto, com alguma incredulidade que se regista o silêncio do apoio parlamentar ao actual Governo. É uma falsa promessa (bem sei que as fake estão na moda) que inscreve a fragilização da democracia (já em velocidade de cruzeiro na Europa – como alguém disse, “é assustador se pensarmos que a memória colectiva tem um limite de 70 anos” -, mas que, como todos os fenómenos europeus importantes do último século, chega mais tarde a Portugal) e depois ainda há quem a remeta apenas para a vertente financeira.

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Duas notas: 1. Percebe-se o silêncio: os partidos do antigo arco governativo têm os “compromissos” com o neoliberalismo, o BE diz que amadureceu e uma qualquer amnésia atingiu o PCP. 2. A fragilização da democracia acentua-se se pensarmos nas escolas (a maioria) que não são sede de agrupamento. No modelo vigente, a gestão da totalidade dos orçamentos e recursos administrativos passou para as sedes (uma minoria) dando espaço à antiga ideia de gestão de procedimentos: “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”.

Ainda sou do tempo…

em que os professores podiam faltar dois dias por mês. Ainda sou do tempo em que por baixa médica, não descontavam de imediato os três primeiros dias. Ainda sou do tempo em que a democracia nas escolas tinha uma presença séria. Ainda sou do tempo em que os professores com mais horas letivas saíam ainda numa idade aceitável do ativo. Em resumo, ainda sou do tempo em que os professores eram felizes!