A esta escola, assente em dois princípios hipocritamente hasteados
(flexibilidade e inclusão), aplica-se, na perfeição, o aforismo que nos
diz que quando são muitos, os cozinheiros estragam a sopa.
Na
verdade, ninguém consegue focar-se em nada: atividadezinhas vindas de
todos lados, mas com carradas de burocracia no bornal, com reuniões e
mais reuniões para as explicar, para as planificar e para as avaliar. Os
programas de ensino (e as aprendizagens que implicam)
não estão apenas a perder a “velha” exclusividade, estão a ser
progressivamente secundarizados, a favor desta geringonça exclusivamente
concebida para a obtenção de resultados. Neste autêntico afã de
“coisinhas didáticas”, o essencial (na minha ótica) acaba por ser feito
“a correr” e com constantes intromissões, que desviam, desconcentram,
introduzem tempo de esquecimento, de regressão… Enfim, a escola flexível
está a anafar um dos piores inimigos do ensino e da aprendizagem: a
falta de concentração, que esta flexibilidade está a passar (e de que
maneira!) também para o lado dos professores. Quanto à inclusão…
infelizmente, também parece que é sobretudo uma questão de poupança.
Escola “verdadeiramente” inclusiva será aquela que tiver uma taxa de
transições igual ou próxima dos 100%. O resto… são cantigas e torres de
papel.
E isto resulta? Sim, na medida em que dá resultados (como diz o Rei Juliano).
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