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Comecemos por relembrar o conceito e definição de Sindicato, tido como associação de trabalhadores que tem como função, representar e defender os interesses e os direitos desses trabalhadores que fundamentam a sua existência.
Atualmente os sindicatos, deixaram de ser a instituição representativa por excelência dos Professores, devido à total inépcia com que tem respondido às reivindicações dos professores. Uma letargia camuflada de agenda política e conluio governamental.
Façamos um breve périplo pelos números do sindicalismo.
A FENPROF, liderado por Mário Nogueira e afeta à CGTP, a par da FNE, afeta à UGT e dirigida por João Dias da Silva, são as duas estruturas mais representativas.
Dos 23 sindicatos de Professores, existentes, 14 estão federadas nestas duas estruturas.
Dos 337 sindicalistas, 142 encontram-se a tempo inteiro nos sindicatos!
Segundo os últimos dados, o número de Professores sindicalizados na FENPROF atinge o número de 18.524, seguida de imediato pela FNE com 11.096, resultando num cômputo de 29.620 Professores que se esperam cabalmente representados por estas estruturas sindicais!
Acrescente -se a estes números os Professores sindicalizados nos restantes sindicatos:
SPGL – 6764 SPZS – 2840
SPN – 4998. SPZC- 3154
SIPE – 3486. SDPsul – 1938
SPZN – 4604. SINAP – 2088
SPRC – 3922. SDPGL – 1400
SPLIU – 4374. ASPL – 1244
SINDEP – 3856. PRO-Ordem- 600
SEPLEU – 3948. SIPPEB- 400
SNPL – 2818. ATE – 400
TOTAL: 52.834
A este resultado acrescentemos os números acima mencionados (52.834 + 18.524 + 11.096) e chegaremos a um total de 82.454 Professores “representados” por Sindicatos.
O STOP foi excluído propositadamente desta análise, por não rever neste esta conduta, sendo em minha opinião o único sindicato que inegavelmente tem representado a classe docente de forma responsável e transparente.
Ora, tal como referiu Mário Nogueira, os Sindicatos “ vivem das quotas pagas pelos seus associados -0,8% do rendimento base ilíquido, auferido mensalmente pelo docente”.
Se contabilizarmos os 12,15€ redescontados do ordenado do professor no 2 índice mais baixo da tabela de vencimentos da carreira docente ( índice 167) e o multiplicarmos pelos professores sindicalizados chegaremos ao simpático valor de 359.883€/ Mês – (225.066,6€- FENPROF) / ( 134.816,4€- FNE) !!!
Perguntar-nos-e-mos compreensivelmente , onde aplicarão estes senhores tamanho pecúlio ?!
E pertinentemente coloco a questão do que seria expectável:
Porque se recusarão a utilizar parte deste avultado valor, em prole dos Professores, financiando, por exemplo um fundo de reserva que permitisse aos Docentes, verdadeiras formas de luta, auxiliando-os na perda de vencimento, para a maioria dos professores verdadeiramente penalizadora e incomportável ?
Gostaria verdadeiramente que Mário Nogueira, apesar de já conhecer a sua resposta que me foi transmitida pela direção geral da SPGL aquando do meu contacto último, me respondesse de forma séria. Questões estas para as quais lamentavelmente, não obtemos nem obteremos quaisquer respostas.
Face a esta falta de representatividade por parte dos sindicatos, a escalada de descontentamento que se reflete indubitavelmente na contestação e luta pelos nossos direitos tem culminado num crescente e preocupante desfasamento entre a classe docente e os sindicatos que a representam.
Perante a inexistência de resultados positivos na longa e fictícia via negocial que terminou uma vez mais, com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, os Professores receberam dos sindicatos, reféns da agenda política que não reflete de todo, os interesses desta Classe nem a sua representação numa luta que se vislumbra solitária e duradoura a certeza de que a jornada far-se-à pelos Professores com Honra e Coragem, Dignificando a qualidade do Ensino e a Paz nas Escolas!
Estamos Prontos para a caminhada!
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