O que mais me impressiona na escola de hoje é a falta de reflexão sobre o que se passa na sala de aula. Professores e alunos vivem todos os dias como se não fosse decisivo refletir sobre aquele espaço e todos repetem comportamentos estereotipados que aumentam o seu mal-estar.
Os professores não meditam sobre a forma de exercer a sua liderança. Esquecem que deverão ser líderes e não chefes da aula, porque o líder é aquele que se propõe e é aceite, enquanto o chefe é o que se impõe por um recurso de poder. Obcecados com o controlo disciplinar, em breve resvalam para o autoritarismo, onde tantas vezes cabem os gritos, as faltas disciplinares e a expulsão da sala de aula, a maneira mais fácil com que fingem resolver o problema. O autoritarismo é arrogante, mas frágil, porque o professor autoritário sabe que vive num logro, o seu grito é a constante cortina onde se esconde a sua incompetência pedagógica, afinal a impossibilidade de contribuir para que aqueles jovens possam aprender e compreender o mundo. O professor tenta ser chefe, experimenta exercer o poder que lhe é transmitido pela instituição e tantas vezes guarda o saber para si próprio, porque receia a incerteza que pode resultar se o partilhar com os mais novos… Daniel Sampaio
Por mim quando escolher livros passo a ter em conta este texto divulgado! Teoria de quem não enfrenta 5 horas por dias 26 alunos com problemas graves de comportamento.
