O Inferno Em Que Transformaram A Minha Profissão – 2

O Meu Quintal

Segunda parte do texto da colega Maria de Fátima Patranito.

– No conselho de turma faz-se, obrigatoriamente, uma apreciação geral de cada um dos alunos e identificam-se áreas de melhoria que também são aí registadas, aluno a aluno, período a período.

– Também são registados os sumários e as faltas dos alunos nessa plataforma, bem como a justificação das mesmas (“tarefa” que cabe ao diretor de turma).

– No final de cada período cada docente faz a avaliação das atividades de apoio ao estudo dos alunos que as frequentaram, preenchendo 1 documento com o nome dos alunos, sessões a que cada um assistiu, se foi proposto ou se as frequentou voluntariamente. Estes dados são retirados dos sumários das sessões, registados na referida plataforma.

– Há professores que colocam na plataforma Moodle materiais extra para os seus alunos, sobretudo no ensino secundário.

– Planificação anual e por período, dos temas…

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Guerras de Alecrim e Manjerona

Flor Mascarenhas

1 h · 

Direito de resposta a Paulo Guinote

Decorrente do postpúblico do meu querido amigo Dr. Filipe do Paulo “Consta que ANTÓNIO NÓVOA vai ser convidado para Ministro da Educação. Nóvoa é catedrático de Ciências da Educação e na Legislatura que ora finda tinha sido nomeado por António Costa para Embaixador (político) na UNESCO.
– Será melhor para os PROFESSORES?…”
respondi ao mesmo manifestando total agrado com o exemplo apresentado, referindo no entanto a existência de outras personalidades relevantes e merecedoras de tão prestigiante cargo, apresentando como preferência pessoal o Professor Santana Castilho.

Perante a insistência de um dos participantes no diálogo, de Paulo Guinote para a pasta da educação, rebati a mesma, invocando a comparação que passo a citar “comparar Paulo Guinote a Santana Castilho é o mesmo que comparar um Toyota Corolla a um Bugatti ou um Rolls Royce” o que mereceu variadas reações do Professor Paulo Guinote a meu ver despropositadas e inusitadas ( cito “Flor Mascarenhas o que tem contra Toyotas? E, já agora, eu gosto muito mais de um velho e fiável Fiat 127 do que dum aparatoso carro que fica na garagem sem andar. Mas, principalmente, quando fizer comparações, deixe-me de fora e faça-as com pessoas que conheça. A menos que queira que eu reaja de forma menos educada. Porque sermos “amigos” no facebook não lhe dá esse tipo de direitos. Estamos entendidos?” e que requerem da minha parte o seguinte direito de resposta.

Caro colega Paulo Guinote primeiro que tudo a minha gratidão enquanto colega e defensora da Escola Publica e da Educação face ao trabalho que tem realizado nesta área que muito cara é, não só à Classe docente mas também a toda a sociedade portuguesa.

Em resposta à sua questão inicial, sim, tenho de facto alguma reserva em relação aos Toyotas. É notório o seu desconhecimento, contudo no ano passado foram recolhidos pela China 13 mil carros por defeito nos faróis que causavam distorção. Apresentavam ainda problemas no sistema de alarmes, vibração na direção, barulho excessivo na suspensão, infiltrações e freios insuficientes face ao tempo útil de reação. A mecânica automóvel sempre foi um dos meus temas favoritos, condição sine qua non de um dos meus hobbies preferidos.

Respondida a questão que me colocou, manifesto a minha estupefação face à sua resposta reativa e intempestiva, apesar de grata pelo interesse que suscitou em si o meu parecer, parecer este referente a uma questão colocada pelo meu Dr. Filipe Do Paulo sobre a qual dei a minha opinião pessoal. A idade e consequentemente a experiência deveriam ter-lhe facultado a capacidade para lidar de forma menos reativa e fidagal com a opinião pública que nem sempre coincide com a sua vontade. Estou convicta de que estaremos ambos de acordo de que a liberdade de expressão é um direito adquirido há muito e que ambos defendemos. Querer manter o registo habitual de produtor, ator e entusiasta espectador além de inusitado é deveras enfadonho. Falta-lhe a humildade que lhe permita analisar e respeitar opiniões divergentes da sua e aqui está uma das muitas características que o diferencia abismal-mente do ilustre Professor Santana Castilho. Concordará comigo que sem esta capacidade entre outras, muitas, a sua experiência como possível ministro seria no mínimo constrangedora.

De facto não nos conhecemos pessoalmente além da amizade virtual facebookiana no entanto existe uma opção nesta plataforma que permite desfazer a amizade à qual eu não faço de todo questão absoluta. Deixo ao seu critério pois no que me diz respeito é-me perfeitamente indiferente essa possibilidade.
Concluo solicitando que se escuse de utilizar o meu nome em comentários posteriores ao ocorrido pontualmente, que ocorreu reitero, meramente resultante de uma questão colocada que implicava a resposta da opinião subjacente ao tema. Constrange-me o reparo que sinto necessidade fazer até porque foi algo que me foi transmitido desde tenra idade e que transmiti desde sempre aos meus filhos e alunos por ser deselegante e vulgar. Evite por favor referir-se às pessoas através de um pronome pessoal, opte pelo nome parte integrante da nossa identidade. Por fim, queira por favor e doravante caso sinta essa necessidade, telefonar-me ao invés de me enviar mensagens escritas. Na impossibilidade de um diálogo presencial que preferiria sem dúvida, um telefonema seria, assim o entendo, o mais adequado.

Grata pela atenção

Florbela Mascarenhas

O Inferno Em Que Transformaram A Minha Profissão – 1

O Meu Quintal

Publico em seguida a primeira de três partes de um texto elaborado pela colega Maria de Fátima Patranito acerca do labirinto em que se tornou a docência. Não é leitura para leigos ou colegas daquel@s muito alegritas com cada nova novidade burrocrática.

*

Tenho 62 anos; 44 anos de serviço (11 anos e 6 meses em outro organismo do Estado e o restante como docente). Escolhi a minha profissão por gosto e convicção. Se fosse hoje, faria uma opção diferente.

No presente ano letivo (2018-19), fui coordenadora de departamento (cargo que acumulei com o de CAD – coordenadora de área disciplinar) e diretora de turma do ensino secundário; tenho 14 h de serviço letivo (8 horas de redução), mas em contrapartida sou agraciada com 11 horas na componente não letiva. Ainda não contabilizei as horas de trabalho individual (ou seja, realizado em casa), mas elas ultrapassavam em muito as 10h…

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