Uma notícia de 2016 que podia ser de hoje

O tempo passa e as ilegalidades continuam?

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Testemunho impressionante de uma professora de Lagos – ComRegras

Há cerca de 6 anos fui agredida diariamente por um aluno de 7 anos. Foram pontapés, murros, cuspidelas, rasteiras, palavrões. O aluno estava no primeiro ano de escolaridade e tinha deficiência motora e síndrome de oposição. O aluno agredia-me, agredia colegas, funcionárias e nada foi feito. Iniciei o 2 ano de escolaridade e o comportamento manteve-se. Cheguei a um ponto em que me aproximava do portão da escola e as lágrimas já me caiam pelo rosto. Em Novembro estava de tal forma que, num dia em que ele me pontapeou ou várias vezes, aproximei-me dele e  ia virar-me a ele. Quando estava prestes a bater-lhe tive um clic, dei meia volta, peguei na pasta e saí da escola direta para o médico. Naquele instante eu tive a certeza que era capaz de matar. Este pensamento ainda hoje me assusta.

O médico deu-me um medicamento SOS e mandou-me para psiquiatria. Desde esse Novembro em que fui diagnosticada com uma depressão grave, a minha vida tem sido, baixa, junta médica, escola, baixa, junta médica, baixa… Trabalhar com uma turma é impossível. Consigo dar apoio a um grupo de alunos mas com muita calma.
Os sintomas residuais da depressão são muitos : dificuldade de concentração, esquecimentos constantes, dificuldade em construir frases por não conseguir lembrar as palavras, tremores nas mãos…

Ana Paula Farinha