Paulo Guinote – inovar 2020

Outro termo que é atropelado e tropeliado a cada esquina sem dó nem piedade é “inovação”. Porque parece que há quem não perceba o que “inovação” quer propriamente dizer. O termo tem etimologia no latim innovatio (não se espantem, isto até a wikipédia diz) e significa criar algo novo (ideia, processo, aparato) que se distingue do que antes existia, mesmo se pode resultar da combinação de elementos antes já conhecidos. Mas é algo que difere do que já foi feito.

Assim sendo, quase tudo o que vejo ou ouço tratar nos dias que correm como “inovação” não o é, não passando de “repetição” (repetitio), mais ou menos cosmetizada ou envernizada apressadamente. Mais do que voltar a fazer o que foi feito, servem-me como novas fórmulas há muito testadas e praticadas. Não é por terem sido abandonadas tais práticas ou abandonados os objectos que a sua reutilização ou recuperação se torna “inovação”. Não é porque recombinamos graficamente os procedimentos de planificação, implementação e avaliação de um dado “projecto” ou “actividade” que eles se tornam “inovadores”…

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