O Governo parece ter desistido dos professores. Conhece os problemas, contudo, não abre linhas de diálogo nem assume compromissos com vista a encontrar soluções. Optou pelo silêncio: não reúne, não responde, não dialoga, não apresenta propostas e não se disponibiliza para debater as que lhe são apresentadas. Não por falta de tempo, mas por estratégia. Espera que os professores desistam por cansaço, desânimo e descrença, mas avalia mal, pois ninguém desiste do que é seu ou tem direito.
https://www.publico.pt/2020/03/03/sociedade/opiniao/professores-nao-desistem-1906089
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) entregou ontem quatro propostas ao Ministério da Educação “sobre matérias que, para os professores, são absolutamente importantes, mas que o ministro da Educação, na reunião no dia 22 de janeiro, não demonstrou qualquer tipo de abertura para resolver”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Em cima da mesa estão questões relacionadas com a carreira docente, os horários de trabalho, os concursos e a aposentação. “A lei prevê que, depois da apresentação por uma das partes de propostas fundamentadas, tenha de haver uma calendarização das reuniões”, acrescentou Mário Nogueira, admitindo que a apresentação das quatro propostas é uma forma de pressionar o Governo para iniciar as negociações com os professores. “Fica a bola do lado de lá”, disse o sindicalista.
jornal Sol
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