Dia 9 de abril será o dia D para a Educação

Preparemo-nos para estar na escola com alta temperatura a tentar motivar alunos que já só pensarão na piscina ou na praia.

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Opinião de Ricardo Santos no facebook

– as avaliações do 2.° período serão as últimas?

E a ser, deve-se ou não (durante o 3.° período) dar consolidação de conteúdos ou proceder a novos conteúdos sabendo de antemão que não estão reunidas condições de igualdade entre os alunos? E devem ser avaliados ou não os trabalhos desenvolvidos no 3.° período?

Está é uma matéria fundamental que deveria ser esclarecida não em 9 de Abril, mas sim desde já mesmo antes das reuniões do 2.°período. Período de reuniões esse, dadas as condições extraordinárias em que nos encontramos podia/devia ser adiado até haver uma clara indicação ministerial.

A minha opinião é que, não havendo condições reunidas para haver equidade não se deve lecionar novos conteúdos e não se devem avaliar formalmente os alunos durante esse período. Deve-se, sim fazer um trabalho de consolidação das aprendizagens e sobretudo orientar o estudo dos alunos portugueses.

Sara Pereira no facebook

Boa tarde.

Peço desculpa se ferir suscetibilidades, mas não estou a compreender a indignação de alguns (bastantes) professores relativamente ao teletrabalho.
Tanto pedimos (eu inclusive) para as escolas serem fechadas, por serem focos de contágio, e agora reclamamos por termos que trabalhar em casa, através do computador? Por não termos, e passo a citar, “computadores fornecidos pelas escolas, Internet gratuita, formações no âmbito das TIC e outros subsídios de apoio?”
Somos das poucas classes com direito a receber 100% dos salários, mesmo ficando com filhos menores em casa (não é o meu caso, mas tenho um irmão de 3 anos de quem tomo conta), tendo na maioria dos casos facilidade de gestão de horários…
Continuamos a receber subsídio de alimentação, precisamente para apoiar em despesas extra em casa, ainda que deixemos de gastar gasolina e de desgastar o carro, em alguns casos até rendas extra de arrendamento…
Entretanto, o problema já eram os alunos sem acesso à Internet e computadores. Problema bastante pertinente, até. Com todo o meu apoio. O ministério está a tentar encontrar uma solução via CTT. E pumba. Caem outra vez os professores, porque aí jesus, quem é que vai pagar impressões e quem é que vai pagar selos e quem é que vai pagar envelopes…
Nada está bem para os professores e estas indignações todas em massa à medida que são referidas possíveis soluções dão para fora a ideia de que os professores só não querem trabalhar. Aliás, às vezes essa ideia não vai só para fora. Eu própria já pensei se seria esse o caso.
Esta pandemia não tem antecedentes. Não temos como arranjar soluções perfeitas no momento. Mas nós, como professores, como classe que merece o respeito que não tem, não estamos a ajudar com estas reações…
Queremos ou não queremos ser inclusivos?
Desculpem o desabafo,mas acho que muitos de nós temos que refletir sobre estes assuntos. Nomeadamente agora, que a inclusão ultrapassa a sala de aula.