O ministro escreve no Observador

O ano em que a escola se reinventou

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Termina, esta semana, o ano letivo mais dramático das últimas décadas, devido à pandemia que se espalhou por todo o mundo. É, portanto, tempo de fazer um balanço, em termos educativos, que nos ajude a preparar os próximos passos. Mas um balanço que entenda que a Educação ocorre no quadro da vida de uma comunidade e num horizonte temporal amplo, sem se compadecer com juízos especulativos, simplistas ou imediatistas.

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Outra questão que esta circunstância demonstrou é que o já previsto Plano para a Transição Digital, um dos pilares do Programa do XXII Governo, constitui uma prioridade, também na Educação. Para isso, é necessária uma intervenção integrada, a par de soluções organizacionais, orientações pedagógicas e formação de professores.

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Diretores preferem começar ano letivo com os monodocentes

Desdobramento de turmas e concentração dos horários durante a manhã ou a tarde são hipóteses em cima da mesa para o próximo ano lectivo. Governo ter-se-á predisposto a contratar mais professores e funcionários para as escolas. Directores insistem na necessidade de acautelar manutenção do ensino à distância para segundo e terceiro ciclos e secundário.

…na eventualidade de nem todos os alunos poderem voltar às aulas presenciais, a prioridade deve ser dada aos alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo do básico…

Com o início do ano letivo previsto para meados de setembro, Jorge Ascenção teme que todo o ano letivo se atrase e que os programas não sejam lecionados com a qualidade e profundidade desejada. Já a confederação independente de associações de pais acha o atual calendário adequado.

Para o ministério da Educação alterar rotinas é dramático?

Não basta mandar fazer! É dever de um bom líder mostrar como se faz, dar o exemplo. Mais horas letivas, menos preliminares borucraticos para as concretizar.

A falta de coragem de legislar puro e duro, no sentido que aponto, fará da Educação um dos pontos fracos do futuro do país.

Temos de assumir que a escola terminou em março – Eduardo Sá

Excelente artigo no Público…

Para muitas crianças, o 3.º período foi um tempo perdido, denuncia o psicólogo, juntando-se às vozes que olham para a forma como este como tendo agravado as desigualdades.

O ano lectivo terminou em Março, para algumas crianças que não conseguiram acompanhar o ensino à distância, alerta o psicólogo.