Há 12.000 professores com doenças de risco que podem ter de faltar às aulas no próximo ano letivo

Falar de educação
Há dias uma diretora dizia-me que o Ministério da Educação faz sempre a mesma coisa, dá um determinado prazo, as escolas fazem um esforço enorme para cumpri-lo, mas depois prolongam o dito e as que não cumpriram têm tempo que outras não tiveram. 39 mais palavras
Escolas Podem Não Conseguir Cumprir Prazo Para Indicar O Número De Professores Que Precisam — ComRegras
Este comentário já não é uma critica. É um grito para aliviar o sufoco. Profissional, politico e pessoal.
Durante 5 semanas os professores já podem descansar. A prescricão esta a ser preparada. E a experiência de guias no ministério da educação tem sido suigeneris…
Pressuponho que seja para suspender as autonomias, as flexibilidades, os principios da avaliação formativa, as ações de diagnóstico pedagogico, a individualizacão.
A autonomia cientifica dos professores também se suspende durante 5 semanas (se é que ainda existe). Conselhos de turma, conselhos de docentes conselhos pedagógicos, direccões, equipas multidisciplinares, remetam-se ao administrativo. Cumpram calendário. Prevalece a tecnocracia pedagógica, o paternalismo dos guias e dos guias que nos guiarão no guia e que, quantas vezes, “desguiam”.
Será que este guia e os guias que dele se alimentarão também tem as tais aprendizagens para os alunos que dificilmente voltarão à escola? Voltar e estar de verdade. Chamem-me nomes e digam que só levanto problemas.
Já não há paciência para tanta tontice. Do que se deve dizer e fazer nada, por isso vai de enredar ainda mais o que já está enredado. E achar que isto é só um problema de ministro querem muitos que nós ainda acreditemos. Alguns são aqueles a quem tem dado jeito assim uma espécie de ministro.
Sinto vergonha. O PS tem obrigacão de mais, este governo e o anterior tiveram quase tudo para termos mais. A educação em Portugal merecia muito mais. O tempo dirá das razões.
Mas que dói, dói. Só estas noticias já sufucam. Está-se a chegar ao grau zero. A cartilha que lhes deram não tem o imprevisto. A tal metodologia de resolução de problemas é mesmo só para os guias que se fazem para os professores.
Criaram uma corte de escolas, diretores e replicadores que inventaram um sistema imaginario para encaixar a cartilha e assim se foram alimentando mutuamente, mas até isto, sem o marketing pago a preço de ouro pela comunidade europeia, ja começa a ser dificil manter. No entanto “eles” com o tempo parece tomarem mesmo o imaginario pelo real. Como as personagens do malade imaginaire lutam para não se confundirem com a personagem que foram imaginando. Mas a realidade superou a ação e os lugares imaginados. As personagens com a sucessão dos tempos enredam-se na sua propria ficção.
O PS merece melhor e as novas geracões tinham direito à continuidade das conquistas ja feitas, com ou sem pandemia.
Qual foi a minha surpresa ao ouvir as notícias das 13, na sic, quando às 13h e 28 min, ouço uma coreógrafa a queixar-se da ministra da cultura e a dizer que ela (a ministra) tinha “uma postura estranha, de professora da primária”… o que será que ela quer dizer com isto?!
E uma reforma nas funções de alguns professores. Repartir risco com todos os professores a lecionar, seria mais benéfico do que o paternalismo do ME.
Alguém que tenha consequência. Que não diga isto e aquilo cá fora e depois lá dentro se limite a fazer de eco ou a obrigar os outros a serem eco em órgãos sem qualquer autonomia e cada vez com menos massa crítica. Não é nada “radical” ou “extremista”, descansem. Apenas coerente.
António Alves on 28 de Julho de 2020#Responder
Sobre a bondade do COVID aconselho a leitura do artigo publicado no jornal de cardiologia JAMA:
”Outcomes of Cardiovascular Magnetic Resonance Imaging in Patients Recently Recovered From Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)”
Em 100 pacientes com COVID estudados, 78% revelaram comprometimento cardíaco… Com dados como estes como estaremos nas aulas presenciais? Por patriotismo?
MPM - Movimento dos Professores Monodocentes
Para além da proposta de entrega massiva de declarações de exclusão de responsabilidade, lançamos uma outra:
Envio massivo ao Sr. 1º Ministro, António Costa, do texto em anexo para os seguintes mails:
1-https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/primeiro-ministro/contactos
Sugerimos que o seu envio seja individual e não através do Movimento uma vez que não conseguimos ainda a representatividade que ambicionamos.
A disposição da sala invariável.
Falar com uma barreira física (máscara) entre ele e os alunos.
Recuperar a matéria que não foi possível lecionar e o atraso na aprendizagem de alguns alunos.
A falta de circulação de manuais que seriam úteis para trabalhos de casa. A maioria dos alunos passa metade do dia na escola, creio que assim, este aspeto não tem problema.
E.deve haver outros constrangimentos que de momento não me ocorrem.
Nem uma redistribuição de alunos de salas menores, aproveitamente de espaços amplos, ginásios e bibliotecas. Funciona tudo com pouca imaginação e como se a pandemia fosse uma história para meninos. Não é! E pode matar os professores e familiares de alunos mais idosos ou os que já sofrem de outras doenças que os fragilizam.
O nulo ministro que nos coube em sorte veio tentar mostrar que existe no Portocanal. O mantra que anda a repetir é… “Vamos dar” mais 2500 professores com horário completo às escolas. Mas não a jornalistas que saibam a tabuada e que lhe digam que isso dá 3 por escola? Que há agrupamentos com 200 professores que vão receber zero? E que num agrupamento com 1200 alunos, pequeno, isso dá menos de uma hora de trabalho docente por turma? Que faça lá a sua propaganda mas não nos chame burros.