Bom dia a todos
Estou a escrever esta mensagem quase sem forças (corpo a tremer, coração em arritmia, cabeça “oca” e a doer…) porque me sinto muito descontente, revoltada, esgotada, triste,… no final de um 1.º período de árduo trabalho (reforçado pela pandemia), que terminou com uma maratona de reuniões e de preenchimento de “papéis” (que ainda não terminou) e já nem consigo descansar…Estou a fazê-lo por mim e pelos meus colegas que vejo e sinto esgotados como eu. Com este volume de trabalho alguns já atingiram o limite e outros (como eu) estão prestes a atingi-lo.Sinto que deixei de ter direitos básicos como dormir, estar com a família,… e isto está a colocar em causa a minha saúde física e psíquica, assim como o bem estar da minha família. Sinto-me negligente por ter de “abandonar” a minha filha e o meu marido (também ele descontente e revoltado com este excesso de trabalho que excede em muito o meu horário e não é remunerado).Por conta de todo o trabalho burocrático que envolve a consulta, o preenchimento e envio de documentos e mais documentos, de grelhas e mais grelhas, que implica, muitas vezes, a duplicação, em diversos locais e plataformas, vejo-me sem tempo e sem paciência para preparar aulas mais interessantes, apelativas e motivadoras para os meus alunos, nem para lhe dar a atenção e carinho de que precisam… Estamos numa era em que a expressão oral deixou de ser valorizada e tida como um comprometimento e passámos a ser escravos da expressão escrita…Ensinaram-me a ser cumpridora e a esforçar-me por não falhar e é isso que tento fazer, mas, cada vez mais, sinto que não é possível continuar a fazê-lo…O meu objetivo é alertar para a necessidade urgente de se reverem processos e procedimentos com vista à simplificação desta dura tarefa de ser professor/diretor de turma.Não estou aqui para me “queixar”, nem apontar o dedo a ninguém, sei que todos estamos a dar o nosso melhor, mas talvez de uma forma que não é a melhor…Estou disponível para apontar soluções e contribuir para melhorar a qualidade da vida escolar.
Desejo a todos um santo e feliz natal.
Fonte: Facebook

… o ensino está uma fantochada e sinto-me escrava do ME. À conta da profissão que escolhi foi-me diagnosticado BURNOUT! Faço das palavras do texto publicado a maior parte das minhas. Tenho 26 anos de serviço e 49 de idade…nunca pensei que a minha função seria tudo, mas tudo em vez de SER Professora! Sou uma profissional DESMOTIVADA, DESACREDITADA e desejosa de conseguir mudar de profissão. .. A preparar a pré reforma(isto se vier ter direito a ela). Sinto-me muito capaz, apesar dos contratempos. E o que me vale é ter amigos e familiares que me apoiam nesta decisão! Bem hajam.
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