Santana Castilho

47 anos depois, na mente capta de muitos dirigentes públicos, persistem os três grandes princípios da administração pública de outrora: não te rales mas não te entales, a iniciativa vem sempre de cima e nunca ninguém foi castigado por não fazer nada.

Apregoam-se valores, praticam-se conveniências – Santana Castilho

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O ME tem demasiados professores sem lecionar (uns de baixa prolongada outros só com atividade não letiva)

Precisa deles por causa dos descontos, a economia sempre a economia. As direções no seu labor autonómico, lá vão inventado umas ocupações, para lhes justificarem o vencimento. Colegas que “dão o litro” a trabalhar com uma turma, ou com muitas turmas, não percebem, pois a maioria recebe menos pelo trabalho verdadeiramente importante.

“O Conselho Nacional de Educação estima em cerca de 20 mil o número de alunos que os professores não conseguiram contactar durante o primeiro confinamento no ano passado. Numa audição, esta sexta-feira, no Parlamento, Maria Emília Brederode Santos admite, para o próximo ano letivo, o recurso a estudantes finalistas de cursos de Educação ou a professores reformados para reforçarem o ensino no 1.º ciclo.”

Isto seria para rir, se não fosse dramático. A coragem em atribuir mais horas letivas a quem está no sistema a fazer flores, onde está? Este ministro ficou refém da máquina do ME porque desconhece o terreno. Não faltam professores em Portugal, estão é mal geridos. O rácio prof/aluno no 1⁰ e 2⁰ ciclos indica 12 alunos por turma!