Posição do MPM sobre o calendário escolar 21/22

“Torna-se pública a posição do MPM-Movimento de Professores em Monodocência, que conta com mais de 5.500 membros ( educadores de infância e professores do 1º CEB) , sobre a definição do calendário escolar para 2021/22. Começamos por afirmar que uma preocupação potencialmente excessiva com a “recuperação das aprendizagens” que conduza a um aumento ou alargamento dos calendários escolares até esta data definidos é, em nosso entender, contraproducente. Segundo vários estudos da OCDE, o tempo gasto na escola é muito menos importante do que, por exemplo, o modo como o tempo disponível é gasto, a área de ensino em que é gasto, o modo como os alunos estão motivados para atingir os objetivos, o quão forte é o currículo e quão bons são os professores. A estes fatores acrescentaríamos o número de alunos por turma. De facto, uma das recomendações constante nas propostas para a elaboração do plano de recuperação as aprendizagens, datado de 6 de maio de 2021 sublinha precisamente a diminuição da carga letiva dos alunos. Será essa diminuição da carga letiva dos alunos que deverá ser considerada na elaboração do próximo calendário escolar, bem como o consequente aumento das pausas letivas, igualmente fundamentais para que os alunos superem o cansaço e recuperem motivação. Por fim, esperamos que o propósito desta consulta pública seja respeitado, assim como os contributos de quem realmente conhece o que é uma escola e que sabe o que significa o sucesso do ensino/aprendizagem dos seus alunos. **NOTA:** texto publicado nos comentários da consulta pública relativa ao calendário escolar 2021/22.”

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Regime de concursos será revisto

Escola Portuguesa

Há uma forte razão para o secretário de Estado João Costa ter aproveitado as entrevistas a propósito da publicação dos rankings para trazer à conversa um tema aparentemente a despropósito: os concursos de professores. E ainda se torna mais estranho se pensarmos que ainda há poucos meses atrás a equipa ministerial recusava fazer mais do que meros acertos de pormenor na legislação dos concursos, rejeitando por completo qualquer revisão negociada do regime de quadros, concursos e vinculações.

Mas algo mudou entretanto. Sem grande alarido mediático, a Assembleia da República aprovou esta semana o projecto de lei do Bloco de Esquerda que impõe ao Governo a revisão do “regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente”. Com a oposição do PS, mas votos a favor à esquerda e à direita, a proposta aprovada impõe ao Governo um prazo de 30 dias, a contar da publicação da lei, para iniciar o processo…

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