A negociação sobre a revisão do atual regime de concursos terá lugar a partir de outubro. Até lá, segundo informação prestada na reunião realizada hoje (30 de junho) com a FENPROF, o ME irá promover um conjunto de audições, com vista a avaliar o regime que vigora, tendo sido afirmado pela Secretária de Estado da Educação que “os passos que forem dados serão em conjunto”.
Como se sabe, há vários conceitos, tipos e perfis de liderança. Nas organizações escolares é relativamente consensual a vantagem da existência de uma liderança transformacional, servidora e inspiradora, que combata a ameaça da balcanização, da desconexão, da articulação débil e as múltiplas forças centrífugas. Mas nas escolas também podem existir lideranças tóxicas. As lideranças tóxicas podem seguir o seguinte padrão: i) Centralizam o poder e afirmam-no de várias formas e feitios; ii) Veem o poder como um fim e não como um meio de criar condições de inovação e mudança; iii) Reservam e controlam a informação para saberem mais do que os outros; iv) Desconfiam das capacidades dos membros da organização e não perdem oportunidades para o evidenciar; v) Preservam as distâncias e cultivam o cerimonial da subserviência; vi) Constroem dispositivos de controlo sobre rumores e boatos organizacionais; vii) Instituem formas tendencialmente vassálicas de relação; viii) Fundamentam o poder na autoridade legal, com o argumento eu é que sou o diretor; ix) São permeáveis à prepotência e ao amiguismo, destruindo qualquer hipótese de construção de comunidades educativas; x) Cumprem as orientações superiores, desvalorizando a legitimidade democrática que as colocou nesse lugar; xi) Têm dificuldade de escuta, não constroem laços, envenenam relações, semeiam a discórdia. xii) Ameaçam com a denúncia à tutela ou à inspeção, sempre que alguém pensa e exerce o seu poder de fazer e mobilizar os outros; xiii) Atemorizam os inovadores para continuarem a prosperar na velha ordem. As organizações educativas que têm a desgraça de serem “governadas” por este perfil de liderança possuem dificuldades acrescidas de cumprirem bem a sua missão. Resta a esperança de serem poucas. E de o conselho geral não estar refém deste modo de agir.
… dou aulas mesmo ali nos limites entre os concelhos da Moita e do Barreiro (que são os restantes do top 5 dos casos positivos no Continente) e a minha turma de DT já teve de ir para casa, sendo que o mesmo se anda a passar pelas redondezas. Lá vou fazer teste amanhã (apesar de vacinado, foi-me dito que era imperativo), cinco dias depois de ter estado com @ alun@ que testou positivo na 3ª feira. Tudo porque laboratórios e os serviços de saúde locais começaram a ficar submersos em casos positivos, grande parte de alunos e famílias. Enquanto isso, temos uns maduros e umas maduras a largar bitaites de rabo sentado sobre como se deve ser um bom professor, flexibilizar, recuperar e calar.
Estas duas semanas de aulas que ainda aí vêm fazem algum sentido? Talvez para os “especialistas” que vão deliciar-se com a doce ambrósia que verterá…
(nome) docente a exercer na Escola EB1 ……….. do Agrupamento….., por ter completado 60/61… (sessenta ou mais) anos a xx de xxxx de 2021 a exercer funções em monodocência, vem requerer a V.ª Ex.ª ao abrigo do ponto 2, do Artigo 79.º do Decreto- Lei 75/2010- Estatuto da Carreira Docente- a redução de cinco horas na respetiva componente letiva semanal, conforme previsto no diploma.
É com magoa que num universo pequeno, (à volta de duas dezenas de professores) alguns com quem trabalhei muitos anos, se preparem para abandonar o 1º ciclo. Antes, já outros o tinham feito.
O concurso é a saída, depois de cumprirem um ciclo de quatro anos com uma turma, sem prémio ou mérito que distinga tal ato heroico. O regime especial de aposentação dos monodocentes acabou há muito. O valor dos professores Titulares de Turma tarda em ser reconhecido, achando-se sempre natural que os mais novos, por vocação ou paixão, assegurem o serviço.