Dia: 12 de Dezembro, 2021
A nova escola proposta por Carlos Neto
“Estamos a criar crianças totós, de uma imaturidade inacreditável. Em Portugal, escola e modelo de aprendizagem estão ultrapassados há muito, mas é lá que as crianças passam a maior parte do dia, fechadas dentro das salas de aula. Os períodos de recreio são cada vez mais curtos e os espaços de brincadeira padronizados, aborrecidos e pouco desafiantes. O Trajeto casa-escola-casa, que antes era feito a pé juntamente com os colegas, passou a ser feito de carro. Os nossos filhos quase nem têm tempo para brincar. Fora da escola, não os deixamos brincar ao ar livre e fechamo-los em casa, numa redoma almofadada dominada pelo poder sedutor e anestesiante dos ecrãs. A rua, que desempenhou um papel determinante nas nossas infâncias e na nossa formação com adultos, tornou-se território proibido para os nossos filhos. Crianças de 3 anos queixam-se de que estão cansadas ao fim de vinte minutos de brincadeira. Outras, aos 7 anos, são capazes de programar em computador mas não sabem atar os sapatos. Quase metade das crianças do 2° ano do 1° ciclo não consegue dar uma cambalhota. É inegável: as nossas crianças brincam e mexem-se cada vez menos. O Analfabetismo motor tornou-se um problema gravíssimo. Ao querermos superprotegê-las daquilo que entendemos ser perigoso, estamos a comprometer o seu desenvolvimento e a impedi-las de se tornarem adultos funcionais, tanto em termos físicos, como cognitivos. “Carlos Neto

Hoje, domingo vou jogar ténis e ao concerto de Natal na igreja da Penina
