Uma turma difícil na rtp2

Filme da cineasta francesa Marie-Castille Mention-Schaar sobre os desafios da educação e a importância da escola, baseado numa história verídica

No Liceu Léon Blum, em Créteil, França, uma professora de História depara-se com o desrespeito, a violência e a falta de perspetivas na mais complicada e problemática das suas turmas do 10º ano. Um grupo de adolescentes de diferentes origens que parecem ter muito pouco em comum para além da indisciplina e do fraco aproveitamento escolar. Ao ver as suas estratégias de ensino esgotarem-se, a professora propõe-lhes um desafio: entrarem no Concurso Nacional da Resistência e da Deportação, um concurso de reflexão sobre as memórias do Holocausto e o seu impacto nos jovens de hoje.
Contra todas as expectativas, os alunos vão empenhar-se no projeto e encontrar na diferença a força da união. O contacto com sobreviventes dos campos de concentração nazis vai revelar-se uma experiência transformadora com um impacto profundo na vida dos alunos.

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Desmontando a lógica? do ministério para minimizar a falta de professores

  1. Os QA só são elegíveis para mobilidade por doença se a sua escola distar mais de 20km em linha reta da residência ou local de tratamento.
    Perguntas: E os que estão a menos de 20km? Reunem condições físicas e psicológicas para se deslocar nesse raio? Podem conduzir? Muitos não terão de meter baixa porque não aguentarão as viagens?
  2. Todos os professores em mobilidade por doença têm de ter componente letiva, no mínimo de 6h.
    Perguntas: Há assim tantos professores em outras funções que não as letivas? A grande maioria não tem horário completo?
  3. Reduzem-se as mobilidades estatutárias.
    Perguntas: o número de professores nesta mobilidade é assim tão significativo? Quais vão ser os critérios dessa redução? Quem fica, quem regressa às escolas?
  4. A redução dos QZP vai ser negociada no verão.
    Perguntas: Porquê só no verão? Já que se negociou agora a mobilidade em quinze dias, não se negoceia o resto numa semana? A pressa é tanta para umas coisas, mas não para outras?
  5. Segundo os números apresentados pelo senhor ministro, há escolas com mais de 100 professores em mobilidade por doença.
    Perguntas: E qual é o problema? Não foram atestados e deferidos pela equipa responsável para o efeito? Há suspeitas? Há denúncias? Será que o ministério prefere não investigar porque poderá comprar uma briga feia com os médicos? Prefere atacar o elo mais fraco?
  6. O ministro quer acabar com a casa às costas dos professores.
    Perguntas: Porque não se reflete com inteligência e justiça numa revisão estrutural dos concursos, em vez de se fazerem alterações às pinguinhas que não passam de remendos e atropelos? Será que não se percebe que haverá sempre uma distribuição demográfica desequilibrada, tendo em conta a densidade populacional heterogénea do país? E quais os incentivos e ajudas de custo para os que continuarem com a casa às costas, tendo em conta esta heterogeneidade?