Sinto que a escola pública está por vezes a desistir da aprendizagem da leitura/escrita de alguns alunos. Ao que anteriormente chamávamos “partir pedra”, porque era duro e exigia muita repetição, seguiu-se a progressão escolar do aluno através dos normativos (leis) e inserção na Educação Especial. Infelizmente ao professor da turma, por vezes numerosa e heterogénea, não resta tempo para essa tarefa. Conheço contudo profissionais desta nobre missão, que apesar das leis não desistem e “dão o litro” para pôr o aluno a ler/escrever.

Ouvia ontem um dos “cartilheiros” do governo a dizer, “o elevador social” funciona, pois há cada vez mais alunos a chegar ao secundário.
Pois é, mas os conhecimentos de alguns nem chega aos calcanhares da antiga quarta classe.
Não sou saudosista ao ponto de defender a Educação baseada exclusivamente na memória e na disciplina, como antigamente. Mas pela minha experiência, em doses moderadas são necessárias às aprendizagens. Dar asas, para depois, a criança/aluno voar na liberdade do seu mundo cheio de criatividade.
Certo! Isso de querer ensinar a resolver equações a quem nem sabe a tabuada do ratinho, é uma treta completa.
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Muitas vezes não tenho estado de acordo consigo mas nesta opinião que aqui emite estou completamente de acordo. O primeiro ciclo (e o pré-escolar) é importantíssimo pois nele se podem e devem realizar aquisições fundamentais como a leitura, a escrita e outros fundamentos. Sem eles os alunos acumularão no seu futuro, déficites cognitivos e instrumentais que terão consequências muito graves. E não é com a solução falsamente “inclusiva” que este problema se resolve mas sim, com aquilo que mencionou: um trabalho sério e intensivo com os alunos para que todos atinjam as tais competências e conhecimentos fundamentais, que lhes permitam prosseguir o caminho escolar futuro.
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