António na caixa de comentários do ARLINDO

Eu e muito colegas não estivemos lá não por não irmos à luta, alias, vamos à luta sem o apoio do sindicato que aprovou e aprova as vinculações extraordinárias que vieram desregular os concursos de professor e que permitiu que as vagas a concurso deste ano aprisionem os docentes de quadro de escola por não haver uma única vaga de QZP disponível para estes poderem mudar de lugar de quadro. A FENPROF não defende nenhum professor, defende-se a si mesma, se o governo não tocar nos estatutos do sindicato tudo passa, passa com a má cara do sindicato, mas passa. Ainda me lembro dos protestos contra a Maria de Lurdes Rodrigues e contra a avaliação, assim que a ministra deixou cair a clausula que obrigava os sindicalistas professores a terem que dar aulas pelo menos um ano para serem avaliados (dar aula, valha-nos Deus), acabaram-se os protestos, a avaliação continuou e pronto. Os docentes de quadro de escola e de zona foram gravemente injustiçados com a abertura dos concursos externos-extraordinários, os próprios professores que entraram nos primeiros externos-extraordinários são agora injustiçados por não poderem concorrer às vagas de outros grupos onde, mais graduados que os que agora entram, ficariam melhor colocados. Neste momento estou com um grupo de professores a tentar travar este desnorte de vinculações extraordinárias com recurso aos tribunais, uma vez que o Sr. Mário Nogueira não considera gravoso que os docentes sejam a única classe de trabalhadores públicos sem direito à mobilidade na carreira para todas as vagas disponíveis. A desculpa dos anos que alguns docentes estão em contrato não cola, porque muitos não concorrem para todos os horários disponíveis e as escolas, após a colocação da MI abrem um sem número de horários para os quais os QE e QZP não podem concorrer, mais, muitos destes contratos foram indemnizados com subsidio por caducidade de contrato, a seu pedido, como pode então ser alegado, depois do dinheiro estar no bolso, que não houve caducidade de contrato? Só se houve burla, digo eu. O Sr. Mário Nogueira deveria voltar ao serviço público e largar os interesses particulares do sindicato, não estranha que apenas tenham conseguido juntar 1500 pessoas. Qual é o número de delegados sindicais e dirigentes afetos à FENPROF? Cheira-me que nem os próprios responsáveis querem aparecer nestas encenações.

Espero que as listas dos associados em cada sindicato seja pública, é que já fui sindicalizado em três e não sei se o meu nome continua a constar nos três apesar de não pagar quota (porque desisti formalmente) faz mais de três anos. Deveria haver um recenseamento nas escolas, feito pelo governo, do número de pessoas sindicalizadas, até podem usar o SIGRHE.

arlindovsky.net/2017/04/accao-da-fenprof-no-dia-de-ontem

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