Matilde em “Depoimento para o educar” no Quintal

ABRIL 19, 2019 ÀS 10:44 AM

– Faz de conta que todos os alunos das escolas portuguesas têm comida em casa, dinheiro para livros e outros materiais necessários, cuidados médicos adequados e que chegam à escola todos dias muito felizes e contentes, muito agradecidos por poderem estudar num país que lhes proporcionará um futuro brilhante e cheio de sucesso…

– Faz de conta que todos os pais/encarregados de educação se preocupam com os seus filhos/educandos, que não negligenciam nenhum aspecto relativo aos seus dependentes e que incentivam o desempenho escolar dos mesmos… Faz de conta que todos os pais/encarregados de educação têm condições sócio-culturais adequadas e consonantes com as exigências do contexto escolar…

– Faz de conta que todas as escolas portuguesas estão devidamente apetrechadas com os meios tecnológicos necessários e que todas têm condições físicas para proporcionar bem-estar, de acordo com as condições climatéricas dos vários meses do ano… Faz de conta que todas as escolas portuguesas têm WC que cumprem os princípios de higiene e que os respectivos refeitórios servem refeições equilibradas em termos de qualidade e de quantidade…

– Faz de conta que a classe docente portuguesa se encontra muito satisfeita, não só do ponto de vista psicopedagógico mas também do ponto de vista sócio-político, com expectativas muito positivas face à respectiva carreira profissional… Faz de conta que os docentes se sentem realizados e valorizados profissionalmente e que o seu trabalho é reconhecido…

– Faz de conta que todas as escolas portuguesas têm um ambiente facilitador das relações interpessoais e que estimulam o trabalho cooperativo, a troca de experiências, a discussão saudável e construtiva… Faz de conta que a opinião de todos conta e que é tida em consideração…

– Faz de conta que as escolas portuguesas são democráticas, havendo respeito e consideração por cada um e que todos contribuem, na medida das suas possibilidades, para definir e alcançar desígnios comuns… Faz de conta que os directores das escolas portuguesas fomentam a convivência democrática e que não impõem procedimentos e medidas sem previamente auscultar a sua comunidade educativa… Faz de conta que os directores das escolas portuguesas não ignoram o estado de exaustão em que se encontra a maioria dos profissionais da sua comunidade educativa…

– Faz de conta que o Ministério da Educação conhece bem a realidade das escolas que tutela e que fornece orientações que visam a simplificação e diminuição de procedimentos burocráticos e que estabelece metas exequíveis e adequadas à realidade e ao contexto sócio-cultural dos alunos portugueses…

Será que o Ministro acredita que vive num país assim???

Melhoria da Educação em Portugal louvada em Espanha

Portugal se ha convertido en un referente mundial en mejora educativa y pedagogías innovadoras. É a nova Finlândia!

O 25 de abril foi há 45 anos e ainda culpa a ditadura das diferenças sociais? Eu diria que uns figurões da democracia (Cavaco, Sócrates, Passos) também têm culpa!

P. Portugal presenta una gran brecha entre clases sociales en los resultados académicos.

R. Sí, hay diferencias muy notables y debemos trabajar en ello. Portugal viene de una dictadura en la que la educación no era un tema central. Muchos adultos aún tienen grandes carencias de cualificación y hay que formarles.

Uma proposta espontânea de greve (semana) com o muro da consulta sindical que determinou greve às avaliações

A FAVOR da greve

Os partidos de direita não se podem comprometer com decisões que, em situação de governação, os possa comprometer. Seria uma oportunidade perdida de verem uma nova greve em tempo eleitoral contra o governo PS, apoiado pela esquerda. Será uma não decisão na quarta feira, que vai remeter o processo para futuras negociações (Rui Rio disse que o parlamento não vai substituir o governo). Isso interessa aos sindicatos!

Esticar e não romper para manter protagonismo, numa encenação constante faz parte do jogo politico partidário. No fim quem lixa é o mexilhão!

CONTRA a greve

Os sindicatos não acreditam numa greve com percentagens significativas, caso a greve seja de uma semana completa.

Muitos professores não terão participação direta na greve às avaliações. No ano transato falhou! Envolver todos os professores não é como envolver outras classes menos numerosas e mais unidas.

É sempre possível anunciar uma meia vitória, ou vitória moral culpando terceiros. A luta continua!